Dia 19 de maio é o Dia Mundial de Doação de Leite Materno.
A campanha é linda, de extrema importância e, lendo sobre o assunto, lembrei-me de quando Sophia nasceu...
Minha filha nasceu de 7 meses, com 1,415Kg e 38 cm. Foram 31 dias de UTI Neonatal em que estive incansavelmente ao lado dela. Pra mim não havia mais dia ou noite... os dias eram divididos em horas em que eu estava ao lado dela e horas em que eu era obrigada a ir pra casa dormir... sem ela!
Ela nasceu, chorou (um dia conto melhor essa história), a pediatra a trouxe para que eu a visse e correu com ela para a incubadora. Depois disso, só pude vê-la depois de 24hs do nascimento, entre as paredes daquela "caixinha" que guardava minha vida, Sophia.
Enquanto eu ainda estava internada, em uma das visitas à UTI, ao vê-la, comecei a passar mal. Pedi ao pai dela que me tirasse daquele lugar:
_ Mas acabamos de chegar!
_ Por favor, me tira daqui...
Saímos e eu desabei! Chorava compulsivamente e pedia a ele que me deixasse pegar minha filha no colo e amamentá-la. Entre soluços, eu dizia que não era justo o que estava acontecendo: estava tudo indo bem quando, de repente, me internaram em um hospital onde passei 15 dias tomando soro, tentando segurar a gravidez... e, em um dia comum, como todos os outros desde a internação, me colocaram em cima de uma maca, tiraram minha filha de dentro de mim e a colocaram dentro de uma caixa, longe de mim, dos meus braços, do meu carinho... sem nem me pedirem permissão!
A campanha é linda, de extrema importância e, lendo sobre o assunto, lembrei-me de quando Sophia nasceu...
Minha filha nasceu de 7 meses, com 1,415Kg e 38 cm. Foram 31 dias de UTI Neonatal em que estive incansavelmente ao lado dela. Pra mim não havia mais dia ou noite... os dias eram divididos em horas em que eu estava ao lado dela e horas em que eu era obrigada a ir pra casa dormir... sem ela!
Ela nasceu, chorou (um dia conto melhor essa história), a pediatra a trouxe para que eu a visse e correu com ela para a incubadora. Depois disso, só pude vê-la depois de 24hs do nascimento, entre as paredes daquela "caixinha" que guardava minha vida, Sophia.
Enquanto eu ainda estava internada, em uma das visitas à UTI, ao vê-la, comecei a passar mal. Pedi ao pai dela que me tirasse daquele lugar:
_ Mas acabamos de chegar!
_ Por favor, me tira daqui...
Saímos e eu desabei! Chorava compulsivamente e pedia a ele que me deixasse pegar minha filha no colo e amamentá-la. Entre soluços, eu dizia que não era justo o que estava acontecendo: estava tudo indo bem quando, de repente, me internaram em um hospital onde passei 15 dias tomando soro, tentando segurar a gravidez... e, em um dia comum, como todos os outros desde a internação, me colocaram em cima de uma maca, tiraram minha filha de dentro de mim e a colocaram dentro de uma caixa, longe de mim, dos meus braços, do meu carinho... sem nem me pedirem permissão!
Aquilo tudo era uma invasão, uma violência pra mim... eu não estava preparada para parar de senti-la mexer dentro de mim, para me separar daquele serzinho que eu nem conhecia direito mas já amava tanto!
Eu queria, tinha de amamentá-la... mas não podia!
Dediquei os primeiros dias da vida da Sophia a prover o leite que a alimentaria. Chegava no hospital entre 7h e 8h da manhã e passava todo o dia estimulando, tirando o leite que ela iria mamar. A enfermeira colocava aquele leitinho pela sonda: começou a mamar 3mls e aumentava 1 ml a cada dia.
Cada gota de leite que saía dos meus seios era importante... eu sabia que aquelas gotinhas de leite fariam com que a minha filha sobrevivessem a tudo aquilo: sondas, incubadoras, agulhas e a distância física entre nós.
Em algum momento, no meio do caminho, minha produção de leite diminuiu tanto a ponto de não conseguir tirar nem 10 mls para uma mamada... e, nesse momento, senti que não era capaz de prover o alimento dela. E, como o hospital não contava com o banco, meu leite foi substituido pelo NAN. E eu me sentia incapaz de sustentar minha filha... incapaz de garantir ao menos o alimento que a faria ganhar peso para irmos para casa e acabar com aquele pesadelo. Apesar de todas as tentativas das enfermeiras em me tranquilizar, eu sabia que o ganho de peso dela atrasou pela falta do meu leite.. mas eu consegui recuperar a produção e alimentá-la...
O menor peso de Sophia foi 1,320Kg. Em 28 de outubro de 2006, Sophia saía do hospital com 1,870Kg e o meu orgulho em saber que minha guerreira ganhara 550 gramas em 31 dias, graças àquelas gotinhas de leite que eu, incessantemente, tirava de mim para dar a ela, a vida!
A Aretusa divulgou a campanha no blog. E eu estou aqui, dando esse testemunho pra dizer:
Seu leite poderá salvar a vida de centenas de bebês em UTI´S neonatais!Coloque o selo da campanha em seu blog e site e ajude-nos a fazer do Brasil o maior país doador de leite materno do mundo!
Informações sobre a ordenha do leite materno aqui.
Informações sobre bancos de leite na sua cidade aqui.
Se você puder doar ou conhecer alguém que possa, colabore com a campanha!
Bjs,
Eu queria, tinha de amamentá-la... mas não podia!
Dediquei os primeiros dias da vida da Sophia a prover o leite que a alimentaria. Chegava no hospital entre 7h e 8h da manhã e passava todo o dia estimulando, tirando o leite que ela iria mamar. A enfermeira colocava aquele leitinho pela sonda: começou a mamar 3mls e aumentava 1 ml a cada dia.
Cada gota de leite que saía dos meus seios era importante... eu sabia que aquelas gotinhas de leite fariam com que a minha filha sobrevivessem a tudo aquilo: sondas, incubadoras, agulhas e a distância física entre nós.
Em algum momento, no meio do caminho, minha produção de leite diminuiu tanto a ponto de não conseguir tirar nem 10 mls para uma mamada... e, nesse momento, senti que não era capaz de prover o alimento dela. E, como o hospital não contava com o banco, meu leite foi substituido pelo NAN. E eu me sentia incapaz de sustentar minha filha... incapaz de garantir ao menos o alimento que a faria ganhar peso para irmos para casa e acabar com aquele pesadelo. Apesar de todas as tentativas das enfermeiras em me tranquilizar, eu sabia que o ganho de peso dela atrasou pela falta do meu leite.. mas eu consegui recuperar a produção e alimentá-la...
O menor peso de Sophia foi 1,320Kg. Em 28 de outubro de 2006, Sophia saía do hospital com 1,870Kg e o meu orgulho em saber que minha guerreira ganhara 550 gramas em 31 dias, graças àquelas gotinhas de leite que eu, incessantemente, tirava de mim para dar a ela, a vida!
A Aretusa divulgou a campanha no blog. E eu estou aqui, dando esse testemunho pra dizer:
Seu leite poderá salvar a vida de centenas de bebês em UTI´S neonatais!Coloque o selo da campanha em seu blog e site e ajude-nos a fazer do Brasil o maior país doador de leite materno do mundo!
Informações sobre a ordenha do leite materno aqui.
Informações sobre bancos de leite na sua cidade aqui.
Se você puder doar ou conhecer alguém que possa, colabore com a campanha!
Bjs,
Ju e Sophia.
Oiê! To há duas semanas sem internet, e qdo volto corro pra cá e dou de cara com essa história linda! Vc disse que tem uma conexão com a Alana né? Acho que é isso, ela tb foi prematura e eu sou mãe de uti neo! Só passando pra fazer idéia do pesadelo que é! Qq dia posto nossa história, hoje foi dia de me coomover com a sua!! Parabéns pela vitória logo no começo da vida da Sophia e parabéns pelo post. Cada dia me sinto mais próxima de vcs, mil beijos!
ResponderExcluirOie, Ju, fiquei emocionada!
ResponderExcluirSão relatos como o seu que nos fazem ver o quanto leite materno é importante, é vida!!
E quando a gente vê a Sophia aí, cheia de "caras e bocas", a gente fica mais feliz!!
Obrigada por compartilhar!!
Beijocas,
Aretusa, mamãe da Doce Sophia
Jú... temos mais em comum do que imaginava... me emocionei demais ao ler seu post, por que excluindo a parte em que a Sophia nasceu, prematura, todo o restante aconteceu comigo qdo a Camila nasceu...
ResponderExcluirEla nasceu no tempo certo, mas no mesmo dia em que voltamos pra casa, pro seu quartinho todo decorado e arrumadinho, ela apresentou, de repente, uma febre de 39,5°C. Como nenhum médico podia afirmar qual era o problema, fizeram todos os exames possíveis, inclusive o Líquor (que retiram líquido da coluna) e a deixaram em observação na UTI Neonatal... Eu chorei tanto, sofri tanto, que não conseguia abrir os olhos de tão inchados...
Eu e meu marido íamos todos os dias ao hospital e lá passávamos o dia inteiro... voltar pra casa à noite sem ela, era uma dor... nem sei dizer...
Também quis amamentá-la, e como quis... mas aconteceu exatamente como no seu caso... o leite foi secando... sumindo... parece que viraram lágrimas... não sei. Ela também tomou NAN...
Vê-la pela caixa de vidro, de fraldinha, cheia de tubos... Meu Deus!!! Ju...
Essa tortura durou quase duas semanas... mas pra mim, foi uma eternidade inteira...Eu só parei de chorar quando ela recebeu alta e finalmente voltamos pra casa. Mas até aí, eu já não tinha mais leite para alimentar minha filha... isso me dói até hoje.
Não consigo mais escrever... desculpe...
Beijos enormes Ju...
Minha irmã amada...sofri com você relembrando..graças a Deus nossa pequena é guerreira, você nunca desistiu, não deixou que o medo atrapalhasse sua fé. Amo vocês demais.
ResponderExcluirJu, que lindo!
ResponderExcluire graças a toda dedicação, e cada gotinha de leite, ela tá aí firme e forte!
Parabéns pela iniciativa, vou "copiar" a idéia e divulgar lá no blog tb!
Beijos
Angi
Nossa Ju que história emocionante.Vc deve ter passado por maus bocados.
ResponderExcluirAinda bem que tudo acabou bem e a Sophia está aí cada dia mais esperta e linda.
Vou dar uma mãozinha tb!
beijocas
Ju amada minha, obrigadíssimo pelo comentário lindo... é exatamente como vc disse, elas sempre serão vencedoras e já nasceram nos gritando isso.
ResponderExcluirVoltar pra casa com a Camila em meus braços, toda vestidinha de rosa, com lacinho no cabelinho, foi delicioso... hoje tenho absoluta certeza de que não importa a guerra que o mundo colocar na vida dela, ela vai vencer... Ela e a nossa princesinha Sophia. Umas guerreiras... Tenho muito orgulho, agora, delas duas.
Preste atenção porque elas sempre irão nos ensinar a sermos mais fortes...
Amei seu post Ju... Amo sua filha, vc, sua irmã... vcs sempre serão especiais em minha vida e na vida da Camila.
Muito obrigada por tudo anjo. Nunca me cansarei de agradecer tanto carinho conosco.
A Camila adora a Sophia... e nem estou falando de vc e da Rê... Eu li o seu post pra ela hoje. Ela disse: "Nossa mãe, que coincidência!!!" e ficou parada, de boca aberta com os olhinhos cheios d'água. Foi lindo, porque ela sabe que lutou e sabe que venceu!
Beijos grandes e abraços longos e ternos pra todas vocês... meu trio encantado.
Kelly e Camila.
Q lindo Jú...vc é especial e a Sophia tem uma baita mãe!!!
ResponderExcluirEu sei de tudo isso, e tinha que acompanhar de longe (SP), mas graças a Deus tudo acabou maravilhosamente bem, ela venceu junto com vc e todos nós.
ResponderExcluirAgora tudo é só felicidade;
bjsss
Olá,Juliana!
ResponderExcluirEu fiz um post de agradecimento à todas as mamães que ajudaram a divulgar a Campanha.
Obrigada de novo por participar da campanha!!
Tem um selinho pra você lá no blog!
Beijocas,
Aretusa, mamãe da Doce Sophia.
Querida Ju, cheguei até você através da Lara do blog Personalize by Lara Urso, fiquei muito emocionada com seu post... Minha filha, também nasceu prematura com 8 meses, e apesar de não ter que ficado na incubadora,precisei amamentá-la a cada hora e meia,para ela ganhar peso... Foi uma luta até os 3 meses!!! Fico imaginado sua angustia e sua dor!
ResponderExcluirMas sei que agora tudo foi recompensado com aconvivência, o dia a dia com a sua Sophia!
beijos
Fabíola
Clara no mundo dos Tigrinhos
Nossa me emocionei lendo seu relato, fico mais feliz ainda em ser doadora de LM! vcs duas são guerreiras! bjos
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